Não comeu por falta de colher
Entre amigos dá-nos de vez em quando a parvalheira de trocar mails com futilidades, momentos de desaire, pequeno break, é como se fosse um momento terapêutico, dura pouco, é de minutos e de pouca frequência, rimo-nos em grupo à medida que lemos cada mail e de forma individual.
Assim de repente e motivado por algo básico manda-se mail, basta uma palavra, uma expressão e dá-se inicio a uma troca de mensagens até que alguém começa a desistir porque temos todos mais que fazer, momento parvo mas provoca-nos descontração, sabe-nos bem.
Há uns dias estava em modo “desespero”, o que é que faço hoje para jantar? Mandei mail a perguntar qual seria a ementa que iam ter esse dia, que belo brainstorming, funcionou muito bem e todos ficaram com ideias do que fazer para jantar (nem que fosse ir a casa dos sogros eheheh) correu tão bem que no dia seguinte voltámos a trocar idéias para nos safarmos da preocupação do "ter que pensar em fazer alguma coisa mas estou sem cabeça para tal", começou logo a descambar, de tal maneira que os mails saltitavam desenfreados da caixa.
Alexia Pevides decide contar como tinha sido a refeição dela com a família onde se alongou dizendo que no fim de comer todos lá em casa se sentaram no sofá a ver a transmissão do festival da canção para apurar os finalistas.
Portugal representado por Conan Osiris com o tema dos telemóveis (nunca cheguei a perceber o teor da letra mas também porque nunca me interessou) e sua caracterização tão própria com a máscara que mais parecem umas colheres, caso para se dizer "do que ele se foi lembrar", só por isto já ganhava qualquer coisa!
Em resposta ao que Alexia Pevides nos mandou, recebemos mail do colega Pinotes Barbosa que dizia seguinte, e passo a transmitir através de copy paste:
“Opá...ontem quando ia comer uma sopa de tomate (prato de fundo vermelho com água) e não encontrei as colheres, liguei a televisão e vejo lá um gajo a cantar com as minhas colheres coladas nas bochechas….já não comi mais nada.”
Bem, pára tudo! A inteligência humorística de algumas pessoas é de uma fasquia tão alta e brutal que fico embasbacada, faço uma vénia à sua passagem, humor refinado, o quanto admiro, este humor não se produz à toa mas é caracteristico de Pinotes Barbosa.
Uma sopa de tomate, quem é que no seu dito normal se lembra de uma sopa de tomate?! Em que diz que afinal aquilo até era um prato de fundo vermelho com água! depois as colheres desaparecem e de facto por influência do festival da canção e da máscara do Conan Osiris ele achou as colheres nas bochechas do cantor, assim, não comeu nada e a fome que passou? Ahhh pois Pinotes Barbosa, levaram-te as colheres mas também não tinhas sopa de tomate.