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A Sorte da Raposa

Partilha de emoções, experiências, reflexões ❤

A Sorte da Raposa

Partilha de emoções, experiências, reflexões ❤

Só queria um café.

19.11.19, Dulce Ruano

Copo Café.jpg

 

No dia a dia semanal tenho por hábito almoçar no refeitório, levo o comer de casa, tenho uma hora de pausa e após comer, tenho dias que saio de carro para espairecer e tenho dias que me dá vontade de ficar por ali a passar tempo. 

Por hábito tomo o único café do dia no refeitório ou, se saio, tomo fora, se decido ficar recorro à máquina de café e verdade que o cafezito não é muito mau.

Entretanto há uns dias abriu por perto, um novo hipermercado, xiiiii, que jeitão dá, é que é mesmo ali ao lado, mas curiosamente ainda lá não tinha ido, entretanto uma colega disse conhecer e que até tinha achado engraçado a entrada para o estacionamento, que se desce uma pequena rampa e que provoca uma certa emoção pela ondulação que se sente no acesso, fiquei curiosa. 

Como habitual, almocei e visto andar bastante molengona por ter dormido pouco achei melhor não sair na pausa do almoço. Comi, peguei em trinta cêntimos, meti as moedas na máquina do café, carreguei na tecla do açúcar para este não sair e nesse momento pensei que estando aflita para ir fazer um xixi, podia aproveitar o momento, era melhor ir à casa de banho e enquanto isso o café saía da máquina.

Regresso à máquina para recolher o copo e este não estava lá, pensei logo que algum “engraçadinho” dos colegas que almoçam comigo o tinha tirado, olhei para todos os lados, entrei no refeitório, perguntei quem tinha tirado o café mas estando todos na conversa acho que ninguém me ouviu no entanto senti que não havia ninguém suspeito, saí, espreitei para a rua, olhei para todos os que estavam e de facto ninguém tinha o mínimo ar suspeito do desaparecimento do copo.

Deitava fumo pelos póros, até cheguei a pensar que brincadeira parva não me devolverem o copo uma vez que o café arrefecia por este tempo de espera. Não me manifestei mais e decidi tirar outro café achando que a pessoa “engraçadinha” se iria sentir mal ao ver que a brincadeira perdia todo o seu efeito.

Meti uma moeda de um euro, a máquina deveria-me dar setenta cêntimos de troco, mas não, a “engraçadinha” deu-me um euro!

 Tá visto, os trinta cêntimos que tinha metido ainda lá estavam porque eu não carreguei na tecla para o café sair, ai!

Ai c’a nervos, no entanto esta cena espevitou-me de tal maneira que pensei, “acho que me está a dar a pica de sair e ir ao novo hipermercado” fui lá só para sentir a emoção da entrada no estacionamento, dei a volta e saí, voltei a entrar para nova emoção, estacionei, entrei na loja e comprei umas bombocas de morango para partilhar com os colegas do meu departamento.

Ainda há quem se queixe da vida! Eu não!

 

 

 

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