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A Sorte da Raposa

Partilha de emoções, experiências, reflexões ❤

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A Liberdade de sermos quem somos

24.04.23, Dulce Ruano

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25 de Abril, sinónimo de Liberdade. Já comemorei a minha.

Treinador cancelou o treino do dia e eu ando desapontada com uma parte da humanidade o que me tem levado a alguma introspeção e por este motivo em particular precisava de treinar, seria uma forma de me sentir absorta da minha desilusão.
 
No final da tarde, depois duma jornada de trabalho e ainda aperaltada com a roupa do dia, subi à Serra da Estrela, atravessei a cidade devagar enquanto pensava a zona da Serra que escolheria para treinar. Conheço-a como ninguém mas em trilhos o que queria desta vez era correr e fazê-lo em estrada.
 
No começo da subida senti a adrenalina das curvas, tão bem que me sabe fazê-las, depois foi encontrar o lugar para o meu treino.
Equipei-me dentro do carro e enquanto isso coloquei um objetivo e foco.
 

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Comecei por dar umas voltas para aquecer, movimentei os braços, rodei a cintura, abri e fechei joelhos, rodei pulsos e tornozelos.
O primeiro quilómetro é sempre o que mais me custa fazer, a partir daí já se torna dificil parar.
 

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A temperatura estava ideal, os aromas florais maravilhosos, uma mistura de urzes com giestas amarelas, a paisagem era magnifica, ora de um lado a Barragem do Viriato, ora do outro os Cântaros que àquela hora fazia contraste com a luz do sol a baixar, à frente o planalto da Nave de Santo António, mas estas paisagens mudavam-se frequentemente devido às várias voltas que fazia, de vez em quando ia na direção do Vale Glaciar de Alforfa, avistava as cúpulas das Torres na Torre e também o Terroeiro, mas depois virava e via as Penhas da Saúde ao longe, por baixo da barragem do Viriato.

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Estava sozinha mas parecia que trazia alguém responsável por me dar força e ânimo, cansei-me nas subidas e podia caminhar, ninguém saberia, mas não o fiz, senti o ar puro a encher-me os pulmões e sentia a mente ocupada em atingir o objetivo e a felicidade de ser eu, de me sentir, de estar ali e a fazer aquilo, desta forma não pensava na tal desilusão sobre uma parte da humanidade.
 

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Atingi o objetivo, 5 kms com o privilégio de o fazer num lugar majestoso, aí percebi que estava a comemorar a Liberdade.
Fazer o que me apetecia, e no lugar que idealizei.
 
A Liberdade mais importante é sermos quem somos.
 
25 de Abril, sempre! 🌹
 

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