Noite ligeiramente tranquila
Em seguimento ao post anterior e no contexto da estadia hospitalar em que estavámos no mesmo quarto, eu, a Sra. Arlete que falava pelos cotovelos e mostrava as pernas a toda a gente e a Sra. Beatriz, astuta e na defensiva para não a chatearem, percebi na primeira noite que havia um silêncio tremendo não fosse a Sra. Beatriz ressonar um pouco, nada de especial, apesar de acordar por umas cinco ou seis vezes bastava bater de ligeiro nas barras da minha cama que o seu ressonar parava de imediato, como percebi que a minha estrategia funcionava bem, assim que despertava, dava o toque e o subconscinete da Sra. Beatriz activava imediatamente.
Apesar deste som um bocadinho inquietante, considero que passei uma noite tranquila provavelmente devido ao efeito da anastesia que se prolongou por todo o dia pois só me apetecia dormir, de tal forma que quando alguém me ligava despachava o telefonema dizendo que queria dormir (a quem me telefonou, confirmo que era mesmo verdade).
Dia seguinte quando Sra. Carlota tinha dado entrada no quarto e a Sra. Arlete se aproveitou dela ser nova ali para dar à palheta disse num determinado momento de ausência da Sra. Beatriz "Olhe, aqui mesmo de noite passa-se bem, tirando a senhora ali daquela cama que ressona uns bocaditos, nada mais há a dizer", ao que a Sra. Carlota diz com bastante petulência e segura de si (adorei esta parte da senhora), "pois, então olhe aviso-a já que eu ressono imenso e bem alto"!!
Uma coisa é certa. Sra. Beatriz já estava para sair, apenas esperava o filho chegar e eu tive alta no final da tarde, só espero que Sra. Arlete tenha passado bem a noite, melhor que a anterior, o que duvido.