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A Sorte da Raposa

Partilha de emoções, experiências, reflexões ❤

A Sorte da Raposa

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O meu primeiro concerto

16.06.24, Dulce Ruano

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Dei inicio à vida de concerteira, posteriormente de festivaleira, há 31 anos com um bilhete igual a este.
Queria o diabo me perseguir que andava a tirar a carta de condução e o filho da mãe do exame calhou ser marcado para dia seguinte!
Naturalmente ressacada, pois no dia 16 de Junho estava quente para caraças à volta de Alvalade, tinha lá agora cabeça para ir fazer um exame de modos que não levei o documento de identificação e o senhor engenheiro nem no carro me deixou mexer exibindo logo ali o chumbo sem nada sequer ter feito!

Quanto ao mega concerto, afinal tanto basburinho porque o pessoal do metal é marado e não sei que mais e o que lá vi foi muito amor, paz e montes de diversão aquilo agradou-me e não mais parei.

Um dos amigos do meu grupo só via morangos à frente, mas acho que foi da garrafa de whisky que encontrou ao sol e bebeu às 4 e meia da tarde, outro subiu para um ramo de uma árvore e ficou mal disposto e os xungas dos seguranças não me deixaram levar as sandes de fiambre nem os pacotinhos de sumo de pêssego, o que me custou deitar tudo para o contentor apesar de reclamar disseram que dentro do recinto havia de tudo para comprar.
Que chunga!! 🤬👿 fiquei danada!

Como não havia smartphones também não levavamos máquinas fotográficas porque os seguranças não as deixavam passar, ainda assim havia quem fosse ousado e as metesse nas cuecas por isso as fotografias ao concerto eram excassas e a definição não prestava.

Suicidal Tendencies foi uma boa malha e boa surpresa.
The Cult foi uma tremenda loucura, senti-me sardinha em lata e o calor era tanto que a organização tinha mangueiradas sobre nós, que bem soube, havia uma miúda sobre os ombros dum rapaz que estava com as mamas de fora e toda se regalou quando a água lhe caía em cima.

Depois vieram os Metallica, cheios de vigor pareciam uns touros acabados de chegar à praça, muita adrenalina, energia e suor, deram o melhor, foi um grandessíssimo concerto.
Junto ao palco abriram-se clareiras e de repente fechavam num enorme reboliço, por cima via-se uma nuvem de pó castanho claro.

O ambiente à volta, dos melhores onde estive, muita cumplicidade, muitas vibrações boas.
Vivi o dia e a noite intensamente, percebi que aquela experiência ainda só era a primeira ❤️

Quanto ao exame lá teve que ser novamente marcado, outra vez pago e lá se fez já com a cabeça no lugar e o documento de identificação impresso na testa para que se visse bem, desde esse dia que fiquei habilitada a conduzir.

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