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A Sorte da Raposa

Partilha de emoções, experiências, reflexões ❤

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Oportunidade de negócio

03.08.21, Dulce Ruano

 

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Em modo de rotina, de segunda a sexta, às nove e meia da manhã ponho a comida que trago de casa para o trabalho a aquecer. Nessa ligeira pausa faço companhia e dois dedos de conversa a colegas que também fazem a pausa no mesmo tempo.

Como não tomo cafés no período da manhã, tiro apenas por tirar um galãozito da máquina de vending e como as colegas têm o hábito de fumar acompanho-as ao exterior.

 

Num dia em que não tomara o pequeno-almoço em casa aproveitei a pausa para comer um pão e um fatia de bolo acompanhados pelo tal galão. No meio da converseta que é sempre muito animada entre nós, ao puxar pelo bolo, despachei-me do galão duma forma meio artística e digo meio porque o copo cai a direito ao cimo das escadas que dão para o estacionamento respingando-me a perna direita de baixo acima esbardalhando-se pelo resto do chão.

 

As colegas olham-me com aquele ar “Xiiii coitada, olha o que lhe aconteceu” mas continuei a comer o bolo e acabei de dizer a última frase do que estava a falar para elas, acharam que eu estava podre de raiva mas desenganei-as pois são coisas que acontecem e não tem mal nenhum, apenas precisei de desabafar umas coisas e pronto!

 

Assim que terminei de comer, apanho o copo, pego num pano e nuns toalhetes húmidos do refeitório pondo-me de rabo para o ar a limpar, fui lá por duas vezes, ninguém deu conta.

Passei água pela perna da calça de cima abaixo a fim de minimizar a situação das enormes manchas e saio do refeitório com uma perna de calça seca e outra completamente encharcada na esperança que aquilo havia de secar rápido.

Uns passos à frente viro-me para trás e vejo um senhor à porta, tipo engravatado, com uma pasta na mão e em modos de bracejar a pedir qualquer coisa, dirigi-me a ele e diz “Ahhh e tal desculpe lá, ia mesmo a entrar mas vi aqui este aviso na porta a dizer proibida a entrada a estranhos”, tinha um flyer na mão que gesticulava com frequência e dispus-me a ajudá-lo ao que ele me diz:

 

Sabe, olhe, é mesmo consigo que quero falar, é que passei há uns minutos ali à entrada e vi que a senhora andava a limpar o chão, achei que era uma boa oportunidade para lhe apresentar a nossa nova gama de produtos de limpeza, a senhora quer dar uma vista de olhos pelos nossos produtos?

 

Veja-se a bela oportunidade de negócio que dei a este senhor, desconheço o seu sucesso na venda, entreguei-o ao Departamento de compras, a ele e ao flyer.

 

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